Não culpe AXL ROSE pela espera de mais de uma década por “Chinese Democracy” – culpe o executivo da gravadora Interscope JIMMY LOVINE.
O baixista do GUNS N’ ROSES, TOMMY STINSON abre o jogo sobre o disco de 2008 em uma recente entrevista com o site A.V. Club.
“Primeiro ficávamos muito no estúdio. Estávamos trabalhando na composição do disco, mas isso continuava se prolongando”, diz Stinson. “O executivo da Interscope Jimmy Lovine interveio de modo não-produtivo, e outros caras vinham e iam com ideias loucas. Meu resumo da coisa toda é que a Interscope, quando comprou a [gravadora original do Guns N’ Roses] Geffen, realmente levou Axl a acreditar que Jimmy Lovine estaria envolvido, e que ajudaria a terminar o disco e fazê-lo acontecer. Mas, basicamente, o que ele fez foi deixar com que ele ruísse. Daí ele teve essa grande ideia de trazer o produtor Roy Thomas Baker para deixar o som melhor. Tudo que ele fez foi regravar tudo três ou quatro vezes diferentes, tentando que o disco soasse como algo que não queríamos que soasse, e gastar 10 milhões de dólares no processo. Minha opinião sobre a coisa toda é que eu realmente acho que Jimmy Lovine fodeu a coisa toda”.
“Foi uma ducha de água fria”, complete o baixista. “A maioria das canções que estão no disco agora estavam prontas 10 anos atrás. Mas todos os palpiteiros na mesa ficavam dizendo, ‘Faça com que elas soem melhor! Faça com que elas soem melhor! ’ Então nós nos mantínhamos refazendo isso e aquilo. E acabou voltando pras mesmas músicas que elas eram 10 anos atrás, exceto que agora elas são uma mistureba super densa de instrumentação. Aquele período todo de fato compreende o que aconteceu na indústria musical. Aqueles tipos de pessoa, tomando aqueles tipos de decisões e não ajudando muito o artista”.
Stinson, que passou por todo o longo processo de gravação de “Chinese Democracy”, entrou pra banda de maneira curiosa.
“Foi meio que por acaso”, de acordo com Tommy. “Um amigo meu, Josh Freese, estava tocando bateria com eles, e eu perguntei a ele sobre o que ele estava fazendo e ele disse, ‘Oh, porra, eu não posso mesmo falar sobre isso, mas eu vou te contar de qualquer jeito’. E rolou que ele estava tocando bateria e trabalhando no disco. Ele disse, ‘engraçado você estar me perguntando, porque Duff McKagan acabou de pular for a, e precisamos de um baixista. ’ Eu estava apenas brincando com ele: ‘Ah, isso seria uma puta palhaçada’, dadas minhas opiniões sobre o Guns N’ Roses naquela época. Mas eu fui de qualquer jeito só pra dar risada, e acabou rolando muito bem. Eles não testaram ninguém mais. Eles gostaram de mim, e por Josh estar no lance, foi uma ideia convincente.”
“Naquela época, coincidentemente”, acrescenta Stinson, “Eu estava prestes a meio que ser fodido por mais uma gravadora com o disco do Perfect. Eu me senti tipo, ‘Quer saber? Chega disso’ Tinham sido cinco anos tentando levar a coisa, eu continuava me fodendo, e só queria uma folga. Então eu vi aquilo como algo pra fazer até que eu bolasse minha próxima jogada. E deu muito certo, considerando tudo”.
O currículo de Stinson no rock n’ roll inclui The Replacements, Bash & Pop, GNR e Soul Asylum; perguntaram a ele o que ele achava que essas três bandas tinham em comum.
“Apenas que são todas bandas de rock”, ele diz. “E que elas tem vocalistas muito emotivos que ficam um pouco do lado perigoso. E que elas são pra valer – elas são todas genuínas. Eu acho que eu tive sorte o suficiente por não ter tocado com pessoas que não o sejam.”