Duff Mckagan

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Queen e Guns N' Roses: Uma Aliança Poderosa!



Freddie Mercury, vocalista do Queen, morreu há 20 anos atrás, no dia 24 de novembro de 1991, em decorrência de complicações causadas pelo vírus da AIDS… Mas peraí… Por que falar de uma das maiores bandas da história da música? Obviamente! As músicas criadas pelo conjunto, foi uma grande influência para o Guns N’ Roses e principalmente para o vocalista e líder Willian Bruce Bailey.
Observe o que Axl Rose fala sobre o Queen:
“O primeiro álbum que comprei foi ‘A Night At The Opera’ do Queen, pois quando criança me disseram que Rock N’ Roll não era música nem arte, eles foram minha prova, minha evidência de que estas pessoas estavam erradas. O Queen significou muito para mim”.
O interessante é que a admiração dos membros do Guns N’ Roses pelo Queen, causou maravilhosos fatos musicais ao longo dos anos…
Observe alguns deles:
- No show de 31 de agosto de 1991, no Wembley Stadium de Londres, Axl Rose cantou um trecho da faixa “Sail Away Sweet Sister”, do álbum “The Game” de 1980 na introdução de “Sweet Child O’ Mine”. Para quem não sabe, o resto da introdução de “Sweet Child O’ Mine” da época da “Use Your Illusion World Tour” tem trechos da letra de “Bad Time”, do Grand Funk Railroad.
- No programa de rádio Rockline, que foi ao ar poucos dias após a morte de Mercury, Axl Rose pediu para o DJ tocar a música “Who Wants to Live Forever”, do álbum “Kind of Magic”, lançado pelo Queen em 1986. E se recordou de quando o Freddie Mercury significava para ele: “Se eu não tivesse as palavras de Freddie Mercury para me agarrar quando era um moleque, eu não sei onde estaria. O Queen me ensinou tanto sobre todas as formas de música, abriu muito minha cabeça. Eu nunca tive um professor tão importante em toda a minha vida”.
- Pouco tempo depois, quando os demais membros do Queen resolveram organizar um evento para homenagear o vocalista e conscientizar as pessoas sobre o perigo da AIDS, o mundo todo ficou sabendo o quanto o Guns N’ Roses adorava o Queen. A banda foi convidada para se apresentar. Mas alguns grupos defensores dos direitos dos homossexuais quiseram proibir a banda de participar do show. Esses grupos alegavam que Axl Rose era homofóbico e que não faria sentido que o Guns N’ Roses tocasse num show em homenagem a Freddie Mercury, que era homossexual. Para quem não se recorda, Axl ficou com fama de homofóbico nos anos 80 e 90 por causa da música “One in a Million”.
- Logo após o show de tributo a Freddie Mercury, Axl Rose deu uma entrevista lendária à revista RIP. Nessa entrevista, Axl falou sobre a participação do vento: “O show com o Queen foi intenso pra caralho. Quando a gente conheceu o Brian May no verão passado foi foda, nenhum de nós queria deixar ele ir embora. Ele é uma das pessoas mais legais que eu já conheci. A gente tocou ‘Bohemian Rhapsody’ sem ensaiar. Brian me pediu para cantar no dia do show e eu me senti bem, então cantei”.
- Menos de 50 dias depois do show de tributo a Freddie Mercury, o Guns N’ Roses estava de volta ao estádio de Wembley. O show estava marcado para 13 de junho, com a participação de Brian May.
- O cenário que o guitarrista encontrou era o pior possível: a banda estava desmoronando na frente do mundo, a saída de Izzy Stradlin havia sido o golpe final, por que o Guns N’ Roses virou uma corporação, com funcionários, cada um tinha sua equipe, jatos particulares, limusines, assistentes e músicos de apoio, Axl Rose chegava atrasado cheio de problemas pessoais e pouco interessado na turnê, Duff Mckagan e Slash chapavam de vodca e cocaína para passar o tempo antes das apresentações e os setlists se repetiam e tinham longos e entediantes solos. Mas tudo mudou quando Brian May subiu no palco, juntos eles tocaram “Tie Your Mother Down” e “We Will Rock You”, onde foi realmente matador e inesquecível.
- No ano de 1993 a banda intitulada “Brian May Band”, onde era liderada pelo ex-guitarrista do Queen (Brian May), foi atração de abertura de uma série de apresentações do Guns N’ Roses.
- No ínicio da saga do álbum “Chinese Democracy”, o Axl Rose contratou o Roy Thomas Baker (renomado produtor que trabalhou com o Queen), para trabalhar à frente do disco. Mas no ano de 2002 ele foi despedido pela equipe do Guns N’ Roses.
Observe sobre o que o Brian May disse a respeito de ter colaborado no disco “Chinese Democracy”:
“Eu tenho me mantido em silêncio sobre qualquer coisa ligada àquelas sessões desde o acontecimento em respeito a Axl e também por achar que esse seja o jeito correto de se comportar. Mas agora, muito coisa está sendo dita, muitas perguntas. Eu tenho juntado algumas pequenas partes para responder essas perguntas nas minhas anotações.
O mais importante para mim é que tudo que aconteceu foi maravilhoso e eu curti bastante a experiência. Eu estava honrado. Eu não fiz isso esperando algum tipo de recompensa no futuro! Axl é excepcional, e imprevisível!
Eu lembrei de algo que minha mãe uma vez me contou muito tempo atrás. Ela disse: ‘não é errado você emprestar dinheiro para as pessoas, mas você tem que fazer isso sabendo que esse dinheiro, pode nunca mais ser devolvido. Esse é o único jeito de você viver em paz consigo mesmo’.
Então, isso serve também para tempo, ou favores, ou qualquer coisa que você dê. Se você o faz esperando agradecimentos, ou recompensas, você irá se desapontar!
Eu não estou, de maneira alguma, desapontado. Estou muito feliz por pessoas que escreverem para me dizer coisas boas, esse é um verdadeiro bônus. Eu durmo tranquilo! E sempre terei um grande amor por Axl.”
Agora confira a parte das anotações, postadas no site oficial do músico:
“Bem, muitas pessoas têm perguntado sobre Axl e eu. Isso é muito simples! Axl está fazendo seu disco, e ele pode fazer o que quiser. Mesmo após todos esses anos, eu continuo um grande fã de Axl.
Isso foi há muito tempo atrás, então tende a voltar um pouco para a mística daquele tempo, para mim. Eu não me lembro de nenhuma desaprovação que Sean Beavan tenha feito – Eu lembro de termos feito colaborações juntos. Pouco tempo depois, ele foi tirado do projeto. Embora eu tenha que admitir que naquela época, eu achei as músicas boas pra caralho! Eu não tenho certeza se sabemos de onde viram as versões que vazaram para o público. Eu tenho as minhas próprias gravações, que eu guardei na época para se precisasse fazer algum trabalho nelas no futuro, mas ninguém, fora eu, as escutou. Eu as mantive totalmente secretas, porque essa é a forma profissional de agir. Eu, na verdade, toquei em três músicas. O cenário era bastante diferente do que o que as pessoas tentavam inventar. Então, eu acho que devo dizer alguma coisa.
O que aconteceu, do jeito que eu lembro, foi isso. Eu estive em turnê junto ao Guns N’ Roses e tinha, uma ótima relação com todos eles, onde eram boas pessoas comigo, mais até do que precisavam ser. Eu fui a banda de abertura para os shows deles nos Estados Unidos e Europa. Tivemos ótimos momentos. As pessoas vão lembrar que o Guns N’ Roses também foi um dos nossos convidados para o concerto Tributo à Freddie, no velho e bom Wembley Stadium, pelo menos era na época. Eles fizeram um ótimo trabalho na música de Dylan, ‘Knocking on Heaven’s Door’, e eles também doaram todos os lucros da gravação ao vivo para o, na época, recém-formado Mercury Phoenix Trust – essa é uma boa resposta para as pessoas que acusam a banda de serem anti-gays.
Bem, algum tempo depois, quando estava em casa, Axl Rose me ligou, do nada e me disse, que estava tendo alguns problemas com as guitarras nas faixas do álbum, e se eu poderia ir, por alguns dias, a Los Angeles e dar uma olhada. A idéia não era me tornar um membro da banda! Era mais como, eu ir lá como um amigo, contribuindo com o que eu podia para o projeto, como uma opinião externa e também tocar um pouco de guitarra. Eu disse que ficaria muito feliz de fazer isso. Seu pessoal marcou minha passagem de avião, eu cheguei em Los Angeles poucos dias depois. Foi divertido. Axl Rose foi de sua casa ao estúdio onde ele estava, também, trabalhando paralelamente no projeto no seu estúdio particular, e junto a Sean, colocou pra tocar cerca de 20 músicas para mim, praticamente o álbum todo na época. Foi bastante tempo escutando música! Tudo era fascinante. Meus comentários, na maioria, foram positivos, assegurando que gostei da maioria das partes de guitarra já prontas. Mas eu lembro ter tido uma preocupação de que o maravilhoso vocal de Axl não ficasse imprensado no meio de tantas guitarras.
Depois, toquei um pouco de guitarra, trabalhando com Sean. A maioria dos outros dias, eu fiquei indo ao estúdio tentando várias coisas em algumas músicas. Axl, na verdade, após o primeiro dia não apareceu mais. Sean ficou mandando para ele mixes do que nós tínhamos feito no dia, e trazendo os comentários de Axl para mim. Após algumas sessões eu voltei pra casa!
Ah! Nós também tivemos um maravilhoso jantar na casa de Axl, com alguns amigos e pessoas da gravadora. Durante esse jantar, Axl colocou pra tocar um monte de músicas que ainda não estavam no álbum, as que ele estava trabalhando separadamente. Ficou claro que era um projeto monumental.
Na minha cabeça, eu dei a esse projeto uma pequena parcela da minha vida, sem querer nada em troca. Apenas o sentimento de ter contribuído para a jornada do projeto. Eu não pedi para ser pago, nem mesmo ser creditado, e muito menos coloquei nenhuma restrição onde eles podiam, ou não, usar meu trabalho.
Eu estou totalmente tranquilo quanto aos resultados disso, como sempre estive, e espero que Axl agora, sinta-se libertado após o lançamento do ‘Chinese Democracy’, que siga em frente e volte para onde todos nós queremos que ele esteja, agitando mundo afora.”
Não há dúvidas que a história das duas bandas se complementam e formaram, uma nova história no mundo do Rock N’ Roll. Provando que é possível deixar o ego de lado para trabalhar em favor de boa música!

Por: Matheus Davanso
Fonte:Axl Rose Fã Clube